Governo brasileiro condena ‘ameaças’ a opositores na Venezuela

Governo brasileiro condena ‘ameaças’ a opositores na Venezuela


Itamaraty também criticou episódios de ‘prisões’ e ‘perseguições’

11 de janeiro
2025
– 12h50

(atualizado às 12h58)

O governo brasileiro emitiu um comunicado neste sábado (11) condenando os recentes episódios de “prisões, ameaças e perseguições a opositores políticos” ocorridos na Venezuela.

A nota divulgada pelo Palácio Itamaraty cita que o país “acompanha com grande preocupação” as recentes acusações de violações de direitos humanos perpetradas pelo regime venezuelano, liderado pelo presidente Nicolás Maduro, especialmente após a polêmica e turbulenta escolha em julho passado.

“Embora reconheçamos os gestos de distensão do governo Maduro – como a libertação de 1.500 detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Caracas – o governo brasileiro lamenta os recentes episódios de prisões , ameaças e perseguições de opositores políticos”, diz o comunicado.

“O Brasil ressalta que, para a plena vigência de um regime democrático, é fundamental que sejam garantidos aos líderes da oposição os direitos básicos de ir e vir e de se manifestarem pacificamente, livremente e com garantias de sua integridade física”, acrescentou o Itamaraty.

O governo brasileiro concluiu que busca convencer “as forças políticas venezuelanas a dialogar e buscar o entendimento mútuo, baseado no pleno respeito aos direitos humanos, com vistas à resolução de controvérsias internas”.

A ONG venezuelana de direitos humanos Foro Penal informou que até agora 1.697 pessoas foram detidas por motivos políticos em Caracas, o número mais elevado desde a década de 2000. O boletim acrescenta que 1.495 homens e 202 mulheres estão atualmente detidos, dos quais 1.694 são adultos e 202 mulheres. três. São adolescentes entre 14 e 17 anos.

Mesmo após o regime de Maduro não apresentar os registros de votação, o líder chavista tomou posse na última sexta-feira (10) para um novo mandato de seis anos à frente do governo.

Embora não reconheça oficialmente a vitória de Maduro no eleições eleições presidenciais, o Brasil enviou a embaixadora em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, para a cerimônia de ontem.

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