Francisco de Assis Ricardo de Almeida, 40 anos, foi morto por traficantes de Kateri na noite da última sexta-feira, quando se dirigia a um retiro em uma igreja evangélica da região. Familiares o descreveram como uma pessoa tranquila, trabalhadora e de hábitos simples. . Ele nasceu em Vieira de Santana, no interior da Bahia, e mudou-se para o Rio de Janeiro há pouco mais de um ano. Ainda muito abalado com o ocorrido e temendo retaliações pelos repercussões do caso, o primo da vítima compareceu ao Instituto Médico Legal (IML) do Centro na manhã deste sábado (11) para entregar o corpo para ser sepultado. Descanse no estado natal de Francisco. Ela disse que ele era auxiliar de serviço público em um condomínio em Água Branca e só tinha ela e o tio como parentes próximos.
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Segundo o primo, Francisco era solteiro e não tinha filhos. Agora, sua família, e quase toda a população baiana, aguarda o transporte do corpo para o município de Conceição do Almeida, onde mora sua mãe.
– Foi a namorada dele quem ligou. Contei ao meu pai e ele me ligou. Quando cheguei lá, a polícia já estava no local. Achei estranho porque geralmente demoram um pouco, mas já estão aí há algum tempo. Os especialistas também chegaram rapidamente e realizaram os procedimentos, e o processo de entrega do corpo não demorou muito. Mas é muito difícil acreditar no que aconteceu. Vi o corpo dele no chão e a bala que atingiu seu coração. Se tivessem me contado sem ver, eu não teria acreditado, porque foi muito bom. Vemos muitos casos como este repetidos. Não acredito mais em justiça. “Os criminosos parecem ter mais poder do que as autoridades.”
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Segundo o primo, que preferiu o anonimato, Francisco saiu de casa para participar de um retiro evangélico em uma igreja em Kateri, também localizada na Região Oeste. Ele estava animado, segundo seu primo, que recebeu cartas dele antes da reunião.
Ele mandou mensagem dizendo que iria entrar em reclusão e só voltaria no domingo. Ele adorava estar conosco. Ele mandou uma mensagem dizendo que estava desligando o telefone porque não conseguiria usá-lo sozinho e que voltaria no domingo por volta das 16h. Fiquei completamente feliz – lembra ele.
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Porém, o primo relatou que durante a viagem, Francisco e outros membros da igreja, que também estavam vestidos de preto, seguindo as instruções do retiro, foram atingidos por balas de carro. Ela acredita que o grupo foi confundido com milicianos ativos na área. Segundo ela, há informações de que o grupo criminoso vai à comunidade todas as sextas-feiras para arrecadar dinheiro do “arrego”, mas o traje foi mal interpretado por um homem que estava no carro que, segundo testemunhas oculares, abriu fogo contra o grupo pensando que eles eram milicianos. Uma das balas atingiu Francisco no peito e ele morreu no local.
– Ele era muito gentil, muito querido por todos. É difícil acreditar que isso aconteceu. Ele não saiu, não bebeu, não festejou. Quando saí foi para ir à igreja ou almoçar comigo e minha família, disse emocionado o primo, enquanto aguardava no IML a liberação do corpo.
Segundo o primo, a igreja que Francisco frequentava foi um dos poucos locais que visitou além da sua casa e do condomínio onde trabalhava. Nos finais de semana, almoçava com o primo no Jardim Bangu.