A especialista Ana Carolina Dias Gomes explica que a insônia pode se tornar crônica quando o transtorno interfere na qualidade de vida do paciente, piorando seu dia a dia.
A Associação Brasileira do Sono (ABS) aponta que 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia. os cantores Cláudia Leite meu SandyPor exemplo, já disseram publicamente que sofrem com o problema. A entidade afirma ainda que fatores como idade, sexo e nível socioeconômico são decisivos para identificar a população que sofre de insônia. O problema é mais comum entre as mulheres, pois pode haver influência hormonal nesse padrão, já que os índices de insônia começam a aumentar nas mulheres. Em relação aos homens, a partir da puberdade.
o neurologista Ana Carolina Dias Gomes (CRM-SP 171.300 e RQE 60.963 e 609.631), especialista em Medicina do Sono pelo Instituto do Sono, afirma que a insônia pode se tornar crônica quando o distúrbio interfere na qualidade de vida do paciente, piorando seu cotidiano. A médica explica que, na insônia inicial, a pessoa terá dificuldade para adormecer, o que geralmente está relacionado a sintomas de ansiedade. A insônia de manutenção está associada a outros distúrbios do sono, especialmente a apneia, mas pode ter outras causas, como a própria ansiedade, ou mesmo nenhuma.
“Todos esses subtipos de insônia inicial, de manutenção e de perda precoce podem ser primários, sem ter nenhuma causa óbvia. Raramente não há comorbidade em conjunto, não há outra alteração que acabe facilitando o aparecimento, o que chamamos de perpetuação do início da doença. insônia”. Além disso, ocorre insônia terminal ou despertar precoce, o paciente acorda antes do horário que gostaria e isso geralmente está relacionado à depressão”, explica.
saúde mental
Segundo o especialista, a insônia pode estar relacionada à saúde mental porque o paciente acaba dormindo menos do que deveria, piorando os sintomas psiquiátricos. Ana Carolina destaca que, geralmente, na insônia crônica, o paciente apresenta sintomas há mais de três meses, podendo apresentar piora do humor, depressão que pode agravar a insônia.
A médica reforça que além da falta de sono, existem outros problemas, como o hiperalerta. Lembre-se que a insônia provoca ativação no indivíduo em que o sistema de luta ou fuga é mantido e isso piora a qualidade de vida do paciente. “É como se você estivesse em estado de alerta, mais sujeito ao estresse e à ansiedade. Existem sintomas secundários relacionados, como aumento da pressão arterial”, ressalta.
Estratégias para evitar a insônia
A neurologista destaca que a principal estratégia é a higiene do sono. Ana Carolina orienta que é preciso ficar atento ao uso de estimulantes à noite, procurar manter o ciclo circadiano saudável, expondo-se à luz pela manhã ao acordar e diminuindo as luzes à noite, induzindo o sono com rotinas relaxantes e exercícios físicos. atividade (especialmente pela manhã, se possível).
Segundo recomendação do especialista, o indivíduo deve evitar ficar na cama sem dormir. Isso gera estresse e acaba piorando ainda mais a indução do sono do paciente. “Mesmo que seja no meio da noite, é melhor, é mais eficaz levantar e fazer algo que normalmente dá sono, como ler com as luzes apagadas até adormecer”, finaliza.