Câmera corporal do primeiro-ministro registra ameaças policiais antes da execução de estudante em hotel na Vila Mariana, São Paulo

Câmera corporal do primeiro-ministro registra ameaças policiais antes da execução de estudante em hotel na Vila Mariana, São Paulo


Abordagem policial termina em tiroteio fatal após perseguição; policiais foram denunciados

11 de janeiro
2025
– 14h52

(atualizado às 14h56)




Universitário Marco Aurélio Acosta morreu após ser baleado em ataque policial na Vila Mariana

Universitário Marco Aurélio Acosta morreu após ser baleado em ataque policial na Vila Mariana

Foto: Reprodução via instagram/@mcboydavm / Estadão

imagens de um câmera corporal revelou detalhes do confronto que terminou com a morte do estudante de medicina Marco Aurélio Cárdenas Acosta22 anos, dentro de um hotel no bairro Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Durante a abordagem, o policial militar Guilherme Augusto Macedo ameaçou a vítima pelo menos dez vezes com a arma na mão antes de atirar.

“Você vai se ferrar, seu filho da puta. Deita, senão você vai beber. Você vai beber!”* Macedo gritou enquanto perseguia o aluno. a rua em direção ao hotel.

O que as imagens mostram





Vídeo mostra estudante de medicina socando espelho retrovisor de carro antes de ser morto pela polícia:

Marco Aurélio havia se refugiado no hotel após bater no retrovisor do veículo onde estavam Macedo e o colega Bruno Carvalho do Prado. O vídeo da câmera corporal e das câmeras de segurança do hotel mostra o PM Macedo entrando com a arma na mão e agarrando o braço do jovem, que tenta se libertar.

Enquanto isso, Bruno chuta Marco Aurélio, que reage segurando a perna do policial, fazendo-o cair. Nesse momento, Macedo atira, atingindo o aluno no abdômen. Embora ferido, Marco Aurélio protesta: “tire as mãos de mim”.

Aí Macedo faz outra ameaça: “Se você mudar, vai ter mais um”. Marcus Aurélio, já sem força, responde: “Tudo bem, perdi. Perdi.”

Após o tiroteio, o policial continua questionando a atitude do jovem enquanto pede ajuda ao colega: “Você perdeu. Por que bateu no carro da polícia? Você está louco? Chame a equipe de resgate. O que aconteceu com você, irmão?”

Marco Aurélio foi levado ao hospital Ipiranga, onde foi submetido a uma cirurgia, mas não sobreviveu. O caso ocorreu na madrugada do dia 20 de novembro.

A Polícia Civil, que solicitou a prisão preventiva dos policiais, qualificou a abordagem como desproporcional e destacou que a vítima não representava risco que justificasse o disparo. O Ministério Público de São Paulo denunciou os agentes por homicídio qualificado, destacando o motivo vil e a impossibilidade de defesa de Marco Aurélio.



Source link