Num estudo publicado no Journal of Sexual Medicine, cientistas peruanos descobriram que homens com síndrome do intestino irritável (SII) têm duas vezes mais probabilidade de desenvolver disfunção erétil do que aqueles sem problema digestivo. A pesquisa entrevistou 133 estudantes de medicina sobre suas experiências com ambas as condições.
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Embora o estudo tenha sido de natureza observacional, os cientistas ofereceram algumas teorias que poderiam explicar esta descoberta. A primeira é que problemas digestivos debilitantes podem levar ao aumento do estresse, o que pode interferir na função sexual.
“Esta associação observada pode ser porque os indivíduos com SII muitas vezes experimentam uma redução na qualidade de vida resultante da doença, o que normalmente resulta num impacto mental e emocional significativo”, escreveram os investigadores.
Outra teoria é que as alterações intestinais causadas pela SII poderiam de alguma forma afetar a capacidade do homem de desenvolver e manter uma ereção. Segundo o estudo, bactérias intestinais disfuncionais podem interferir na produção de hormônios necessários para uma função sexual saudável. Além disso, a síndrome causa inflamação na parte inferior do corpo, o que pode impedir o fluxo sanguíneo para o pênis.
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Este não é o primeiro estudo a vincular a SII à disfunção erétil. Um estudo realizado em Taiwan descobriu que os homens com síndrome do intestino irritável tinham quase três vezes mais probabilidade de sofrer de impotência do que aqueles sem a doença. Mas os cientistas acrescentaram que também pode haver uma possível ligação fisiológica – por exemplo, a síndrome do intestino irritável pode limitar a produção de hormônios sexuais masculinos necessários para manter uma ereção.
No entanto, os cientistas percebem que o estudo tem algumas limitações. Primeiro, porque foi realizado com uma pequena amostra de estudantes de medicina no Peru, o que significa que os resultados podem não ser relevantes para outros dados demográficos. Além disso, a confiabilidade dos dados depende da validade dos participantes ao relatarem seus sintomas aos pesquisadores.
Dado o estigma e a vergonha associados a ambas as condições, os autores disseram que alguns participantes podem não ter revelado a extensão dos seus problemas.