Os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Cláudio Castro (PL-RJ), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Junior (PSD-PR) pediram a revogação do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o uso da força por policiais. Num memorando conjunto, os representantes da direita afirmaram que a medida “beneficia as ações das facções e pune os homens e mulheres que diariamente arriscam as suas vidas pelo bem da sociedade”. Esta medida é defendida por entidades e especialistas.
- Exigindo “responsabilidades” e prometendo não “retaliar”: Como foi a conversa de Lola e Lira no Alvorada?
- Compreende: Defesa de Daniel Silvera afirma que ida ao shopping não violava liberdade condicional, mas ex-deputado não podia sair no fim de semana
O texto do governo Lula, publicado na última terça-feira, estipula que a força e as armas de fogo só devem ser utilizadas como último recurso, em casos de risco pessoal. O uso de força física também deve ser evitado. Para implementar essas medidas, os profissionais passarão por treinamento.
“Por meio do documento, o governo federal busca regulamentar a atribuição da missão policial estadual. Esta medida é arbitrária e uma tentativa inédita de interferir na política de segurança dos estados”, diz o texto assinado pelos governadores, que pertencem ao governo. União de Integração. Sul e sudeste (Kosud).
O memorando de Kasoud é assinado por quatro dos sete governadores pertencentes ao grupo. Os cargos de Renato Casagrande (PSB-ES), Jorginho Melo (PL-SC) e Eduardo Leite (PSDB-RS) não estão incluídos na manifestação.
Embora as diretrizes contidas no texto não sejam obrigatórias, elas servirão como condição para o repasse de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), principal instrumento de financiamento da segurança pública no Brasil. Em 2025, serão repassados R$ 1,1 bilhão do fundo aos estados. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública, organização que reúne especialistas no assunto, defendeu o texto apresentado pelo governo Lula.
Em postagem na rede social
Antes da publicação do decreto, o principal impasse entre os governadores e o governo da região era em torno da proposta de emenda à Constituição (PEC) para a segurança pública.
“A segurança pública deve ser construída na cooperação, no respeito às diferenças regionais e no fortalecimento das capacidades locais, e não através de uma estrutura centralizada que limita a eficiência e incha a burocracia”, diz a Carta de Florianópolis, assinada por Jorginho Melo, Castro, Tarcísio, Zema, Casagrande e Ratinho Júnior.
No final de outubro, Zima e Jorginho Melo rejeitaram o convite do presidente Lula para participar de uma reunião para discutir o assunto. Numa carta justificando a sua ausência, Zima explicou os pontos em que Qatzod queria fazer alterações.
O consórcio acredita que é possível compartilhar informações da tornozeleira eletrônica sem obtenção de mandado, em caso de uso indevido. Os governadores do Sul e do Sudeste também propõem incluir membros de organizações criminosas na Lei de Crimes Hediondos, o que prolongaria as suas penas.
Leia o memorando completo da Cosud divulgado na sexta-feira:
“O Decreto nº 12.341 publicado esta semana pela Federação beneficia o crime organizado e praticamente impede a autonomia dos estados, num claro indício de violação da Constituição brasileira. Por meio do documento, o governo federal busca regulamentar a atribuição de responsabilidades aos. a polícia estadual.
Esta medida é arbitrária e uma tentativa sem precedentes de interferir na política de segurança dos países.
É urgente a revogação do decreto porque o seu conteúdo beneficia a actuação das facções e pune os homens e mulheres que diariamente arriscam as suas vidas em benefício da sociedade.
A segurança das famílias brasileiras não será garantida através de decretos duvidosos que limitam o poder policial, mas através de investimentos coordenados e do endurecimento das leis.
Governador de Minas Gerais
Governador do Rio de Janeiro