As emoções que emocionaram os entrevistados na série documental sobre o centenário do GLOBO ficaram claras para quem acompanhou as filmagens. A surpresa das máquinas de escrever, dos computadores, das mesas e dos espaços do passado provocou sorrisos nostálgicos, despertou lembranças e, em alguns casos, trouxe lágrimas suaves.
Mergulhar em três antigas redações, reconstruídas por equipes de cenografia e produção artística com o auxílio de pesquisas minuciosas com recurso a fotografias antigas – parte do cenário é físico e parte virtual, com recurso a dispositivos tecnológicos e ecrãs LED – é um dos trunfos da série documental criada do jornalista Pedro Biel, também responsável pela direção Geral. Em quatro episódios, com lançamento previsto para julho de 2025, mês em que o jornal completa cem anos, a produção (do Globoplay, TV Globo e GLOBO) mostrará a trajetória centenária do periódico fundado por Irino Marinho, e o transformações que relatou e promoveu Também na comunidade.
– A imprensa discutiu teses. Era uma plataforma para expressar opiniões, para pessoas muito inteligentes que pensavam no mundo e na realidade. Mas Irino Marinho queria criar um jornal que desse notícias à população, lembra Bial. Desde o primeiro momento houve harmonia com as classes populares, com a classe média e com o próprio gosto popular. Tanto que antes de lançar o novo jornal, Irino Marinho promoveu uma enquete popular para definir o nome do jornal. A GLOBO vem em segundo lugar. A primeira foi para o Correio da Noite, que já estava ocupado. O que foi uma sorte, porque o GLOBO é muito melhor.
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Autor de “Roberto Marinho” (Jorge Zahar, 2005), autobiografia do filho mais velho de Irino, que enfrentou a morte prematura do pai (menos de um mês após a fundação da Globo) e publicou o jornal que seria a semente do Grupo Globo. , maior empresa de mídia e comunicação do Brasil, Bial fala sobre a importância de comemorar esta data.
— 100 anos do Grupo Globo deixando uma contribuição para a formação e afirmação da cultura brasileira. Este é um país que pode absorver informações e influências, engoli-las e formar uma face própria. Acho que a cultura brasileira evolui nas páginas da Globo, metaforicamente, pois continua pujante para sempre, e se vê renovada a cada edição – diz Biel. – A árvore frutífera. E da GLOBO foi para a imprensa, revistas, histórias em quadrinhos, rádio, TV, Globo.com, Globoplay e vamos em frente.
Gian Carlo Bellotti, responsável pela direção artística da série, diz que a reconstrução das redações (a primeira, de 1925; outras das décadas de 1960 e 1970, hoje instaladas em uma sede maior; e a terceira, entre 1980 e 1990, com a modernização e chegada dos computadores) foi viabilizado pelo Durante o estúdio de produção virtual, que acaba de ser inaugurado na Globo.
—Poder contar essa história de onde tudo começou, naquele século, dentro dos Estúdios Globo, com a estrutura que temos hoje é muito emocionante”, diz Belotti. – Veja onde terminou a ideia ou desejo.
Além dos espaços reconstruídos e dos depoimentos, diz Bellotti, há também uma representação dramática de alguns fatos importantes do jornal, sempre usando uma foto para contar a história.
— Falando de 100 anos do jornal O GLOBO fala de 100 anos de história moderna do Brasil. As pessoas poderão rever as grandes notícias que nos marcaram, que nos influenciaram, que guiaram a nossa vida política e a nossa vida pessoal ao longo dos últimos cem anos, através do olhar de quem viveu e de quem produziu esta notícia – diz o diretor. — A série traz um novo olhar para este século para um jornal tão presente na história nacional.
O documentário tem roteiro de Renato Onofre, Renato Terra e Ricardo Calil (documentário) e Jorge Moura e Flavia Besson (ficção); Pesquisa de conteúdo e fotos de Pedro Mota e Priscilla Sirijo; Direção (ficção) de Pedro Peregrino; Produção executiva de Anneliese Franco e Rafael Cavaco; Produzido por Ana Luisa Miranda, realizado por Mónica Almeida e José Luis Villamarim.