A lenda da televisão e do cinema brasileiro, Renato Aragão, do Ceará, completa 90 anos nesta segunda-feira com um legado construído no humor e na devoção absoluta às crianças de seu país. Abaixo selecionamos para você 9 momentos em que o imortal Didi Moko (personagem que o acompanha desde o início da carreira) fez história, arrancando risos e lágrimas de seus fiéis fãs.
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“Não, então faça iiii”
O filme de 1966, dirigido por Aurélio Teixeira, é o primeiro longa-metragem do grupo Os Trapalhões (ainda formado apenas por Didi e Didi) e o primeiro filme de Renato Aragão. Em que dois amigos estranhos ajudam o cantor Cesar Silva (Silvio Cesar) a ter sucesso no mundo da arte. Cesar participa do programa de calouros de Chacrinha “A hora da buzina”, concorre em um festival de música popular brasileira e se apaixona pela filha do dono de uma gravadora. Mas ele terá que enfrentar as armadilhas de um playboy cruel, interessado em casar com a moça por dinheiro. Estrelas da Jovem Guarda participam de números musicais entre os números cômicos de Renato.
Estreia de “Os Trapalhões”
Em 1974, num sábado, na TV Tupi, foi ao ar pela primeira vez o programa de comédia criado por Wilton Franco e estrelado pelo quarteto de mesmo nome, então composto por Didi, Didi, Musum e Zacharias. O sucesso foi grande, e em 1977, “Os Trapalhões” acabou passando para os domingos na TV Globo, antes do “Fantástico”. Com este quarteto clássico foram realizados 21 filmes, desde “Os Trapalhões na Guerra dos Planetas” (1978) até “Uma Escola Problemmadada” (1990), muitos dos quais foram grandes sucessos de bilheteira. As mortes de Zakaria (em 1990) e Musoom (em 1994) levaram ao encerramento do programa em 1995.
Paródia de “Teresinha”
Um dos grandes sucessos de “Os Trapalhões” foram os clipes contendo paródias de músicas da música popular brasileira. Entre os clássicos está “Teresinha”, música de Chico Buarque gravada por María Bethagna, brilhantemente interpretada por Renato Aragão com humor anárquico.
“Os Trapalhões Saltimbancos”
De um filme para outro, Renato Aragão se sofisticou na produção de filmes dos Trapalhões. Em 1981, Festas das Crianças foi uma adaptação da peça “Os Saltimbancos” de Sergio Bardotti e Luis Enríquez Bacalov, que foi apresentada nos teatros brasileiros em versão portuguesa dirigida por Chico Buarque. Dirigido pelo veterano JP Tanko, com cenas gravadas na Arena Ermaus Bauer do Circo, é considerado o melhor filme do quarteto. Em 2017, Renato e Dede Santana voltaram à história com o filme “Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood”.
“Trapalhões e o Rei do Futebol”
Em 1986, Renato Aragão contracenou com Pelé, o rei do futebol (e fez todo mundo rir) neste filme em que o humorista conseguiu acertar a bola no estádio do Maracanã lotado antes de uma partida pelo seu clube preferido, o Vasco da Gama.
O primeiro “Filho da Esperança”
Ao completar 86 anos, a TV Globo lançou pela primeira vez, em parceria com o UNICEF, sua campanha nacional de mobilização social para conscientizar sobre os direitos de crianças e adolescentes. Coube a Renato Aragão (que mais tarde se tornou o primeiro Embaixador do UNICEF no Brasil) apresentar o Criança Esperança, uma maratona televisiva ao vivo, com a participação de profissionais do Jornalismo Globo, Esporte Globo e Entretenimento Globo.
Em 1991, ano em que comemorou os 25 anos de Trabalhues e em que foi nomeado Embaixador da UNICEF, Renato Aragão protagonizou uma das cenas mais memoráveis da televisão brasileira: subir à estátua do Cristo Redentor, sem medo. Ele cruzou um braço e beijou a mão do monumento e jogou pétalas de rosa. Todos deveriam agradecer pelas bênçãos recebidas. Esse gesto resultou em lindas imagens e até no nome da banda de rock: Didi Subio No Cristo.
Reconciliação com Didi Santana
Brigando no início dos anos 2000 – enquanto Renato Aragõ comandava “A Turma do Didi” da TV Globo e Didi Santana interpretava “Comando Maluco” no SBT – os dois Trapalhões se reconciliaram em 2004, em pleno Criança Esperança, ao som da música “No mundo da Lua” de Michael Sullivan e Paulo Masadas.
Em 2011, Renato saiu às ruas e foi homenageado pela Escola de Samba de São Paulo