Para uma pessoa branca no Brasil, uma visita a um salão de beleza de luxo é uma experiência divertida, que pode ser feita de forma leve e descomprometida. Para uma pessoa negra, simplesmente entrar numa instituição negra pode resultar num estado de vigilância constante. A experiência de compra é permeada pela possibilidade de uma série de ataques: falta de acolhimento, ser vigiado, seguido, mau atendimento e ser ignorado são experiências comuns que revelam os mecanismos de discriminação racial no país.
Para impulsionar as transformações nesta dura realidade, o Grupo L’Oréal iniciou um movimento anti-racismo contínuo em 2024, denominado Afroluxo. Como ponto de partida, a L’Oréal Luxo, empresa líder mundial em beleza de luxo, colaborou com o Estúdio Nina – empresa de consultoria e pesquisa de mercado focada no público negro – e ouviu especialistas e clientes negros A/B de todo o país.
O resultado foi um artigo chamado “Racismo no varejo de cosméticos de luxo”, que expõe a discriminação para que possa ser combatida. Entre os dados mais relevantes, 91% dos consumidores negros (nove em cada dez) afirmaram já ter vivenciado algum tipo de atitude racista em estabelecimentos de luxo. Para 59% deles, o principal motivo da jornada de compra é o atendimento.
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O estudo também identificou 21 ferramentas racistas, ou seja, 21 formas pelas quais o racismo se manifesta nestes ambientes de luxo. Vale ressaltar que se trata de milhões de consumidores, já que 40% do PIB nacional vem de pessoas negras, que representam 37% das classes A/B do país, segundo dados de 2022 do Instituto Locomotiva.
— Na L’Oréal, criamos beleza que move o mundo, beleza cada vez mais diversificada e inclusiva. O nosso setor dialoga estreitamente com a identidade individual e a expressão coletiva, por isso é tão importante que as empresas façam parte da solução dos problemas que a sociedade enfrenta, incluindo o combate ao racismo – afirma Eduardo Paiva, responsável pela Diversidade, Equidade e Inclusão. No grupo L’Oreal no Brasil.
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A Afroluxo pretende tomar ações concretas para que os clientes negros se sintam bem-vindos, representados, incluídos e confiáveis, e surge como um compromisso público da L’Oréal Luxo para combater o racismo no mercado de luxo e trabalha em três pilares: transformação dos negócios, empoderamento do ecossistema. E impactar positivamente a sociedade.
— Desenvolvemos o Afroluxo com o objetivo de transformar o mercado de bens de luxo no Brasil, que é predominantemente branco, onde os negros raramente são vistos como consumidores-alvo, mesmo que o sejam. Hoje, mais de 40% do público que consome exclusivamente perfumes importados no Brasil é negro. Nesse sentido, o Afroluxo é um passo importante para quebrar o silêncio sobre o racismo no setor, nascido com a visão de que o futuro do luxo no Brasil é negro – explica Bianca Ferreira, Head de Comunicação, Advocacy, Influência, Sustentabilidade, Diversidade & Inclusão e Eventos para L’Oréal Luxo.
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Entre as iniciativas sem precedentes da Afroluxo, bem como as pesquisas pioneiras iniciais, estão Aumento significativo na oferta de bases para pele negra (Com a revisão da linha Teint Idôle Ultra Wear, a partir do segundo trimestre de 2025, a Lancôme se tornará a marca de beleza não profissional com a maior coleção disponível para pessoas de pele escura no mercado brasileiro); Realizar auditorias anuais nas lojas com foco no preconceito racial conduzidas por compradores misteriosos; Desenvolver o primeiro protocolo de serviços de luxo para combater o racismo no mercado, Em parceria com Mover & ID_BR, que fará parte da trajetória de treinamento obrigatória da equipe comercial da L’Oréal Luxo.
Além disso, com a Carta Afroluxo de Combate ao Racismo nas Lojas de Beleza de Luxo, a primeira aliança do género no sector, pretende-se unir esforços entre o retalho e a indústria para apoiar esta causa. Ao assumir a liderança em iniciativas de igualdade racial no mercado de luxo, a L’Oréal está convocando todo o mercado brasileiro à autocrítica e desafiando-o a iniciar sua própria transformação. Assim, o setor poderá dar os primeiros passos para construir um futuro de luxo exclusivo, sim, mas nunca exclusivo.
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