O chef cresceu em Búzios, saiu da cidade aos 17 anos para estudar e trabalhar no Rio, e voltou este ano para comandar um bar de praia, cujo cardápio tem como foco peixes grelhados e frutos do mar. Esta não é a primeira vez que Bruno retorna a um lugar importante em sua história: nasceu em Nova York, para onde voltou após se formar recentemente, no início da carreira. Ele foi indicado por Thomas Trosgros e garantiu uma vaga ao lado do astro Daniel Boulud. “Bruno é um dos chefs mais talentosos que já passou pela minha cozinha”, afirma Thomas.
Hoje, aos 33 anos, ele se vê como um chef com espírito “global” e que deixa sua marca em restaurantes de diversos estilos, desde pubs até o casual fine dining. Na Chanchada, inaugurada há dois anos e já ampliada, ele cria petiscos como abobrinha e berinjela em conserva com iogurte e melaço de cana (38 reais). Cat’s Su, de 2023, “é onde pratico a minha interpretação da comida asiática”, explica. Desde 2017, o Nosso oferece receitas como nhoque carioca, com grana padano e espuma scaramosa, shiitake, portobello, nori, espinafre e pimentão espelette (R$ 72). Para a chef Roberta Chaska, com quem Bruno trabalhou no Oui Oui, o chef “está à frente dos cardápios mais incríveis da cidade”. Ele acrescenta: “Ele é movido pela paixão”.
Desde novembro, ele dá asas à imaginação em Búzios, onde dirige a Barilla. Entre as estrelas do Xerelete estão o choripan, uma homenagem à comunidade argentina da cidade, com linguiças artesanais, queijo minas padrão e chimichurri (R$ 30), e petiscos como croquetes de cupim refogado (R$ 12). “Nossa ideia é resgatar o estilo césara, como se estivéssemos na casa de um amigo”, afirma o chef.