A previsão para 2025 é de mais avanços na ciência, com ênfase em mais recursos utilizando inteligência artificial e tecnologias que prometem ler mentes. Na medicina, poderão ser publicados os primeiros resultados de estudos para retardar o envelhecimento e substituir os opioides no tratamento da dor aguda. No meio ambiente, o mercado de carbono deverá ganhar mais atenção, assim como os satélites que monitoram o desmatamento. Há também a promessa de mais progressos no espaço: a previsão do tempo espacial e até uma missão a Vénus estão na agenda para o próximo ano.
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Mutação e restauração de carbono
O ano em que a COP 30 deverá testemunhar um boom no mercado de carbono e na restauração dos ecossistemas. A nova legislação do mercado de carbono proporcionará oportunidades de comércio e redução de emissões ao Brasil, bem como programas de incentivo à restauração florestal.
Dois novos satélites serão lançados em 2025 para monitorar florestas e monitorar o desmatamento. O primeiro será o Nazar, que é uma parceria entre a NASA e a Organização Indiana de Pesquisa Espacial. Ele mapeará a superfície da Terra duas vezes a cada 12 dias. A missão Biomassa da ESA irá medir a biomassa florestal e o seu papel no ciclo do carbono.
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Tratamentos anti-envelhecimento e dor
Em 2025, são esperados os resultados de testes em humanos para anticorpos que prometem retardar o envelhecimento. Os anticorpos atuam especificamente contra uma proteína chamada IL-11. Em testes em animais, conseguiram reduzir a inflamação e aumentar a esperança de vida em 25%.
Os Estados Unidos também poderão aprovar no início do ano o analgésico não opioide Suzetrigina, de uma nova classe de medicamentos que promete não causar dependência. Se aprovado, seria o primeiro medicamento para dor aguda a ser lançado em duas décadas.
Inteligência artificial para traduzir sons de animais
A inteligência artificial pode ajudar-nos a compreender a comunicação entre os animais, pelo menos em parte. Os avanços no aprendizado de máquina e o aumento do acesso a grandes conjuntos de dados sobre vocalizações de animais prometem identificar padrões e estruturas nas vocalizações de diversas espécies.
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Espera-se que a China teste tecnologias de interface cérebro-computador. Os chineses vão competir com implantes de eletrodos fabricados pela Neuralink, empresa de Elon Musk. O Ministério da Indústria e Informação da China disse à Nature que a sua tecnologia será usada em reabilitação médica e experiências de realidade virtual. Entre os primeiros produtos deverá estar o Neo, que consiste em oito eletrodos sem fio colocados na cabeça e cuja função será restaurar o movimento das mãos de pessoas paralisadas por lesões na medula espinhal. Neo está em testes desde 2023.
Empreendedorismo em Vênus
O Venus Life Finder foi desenvolvido para procurar sinais de vida na atmosfera de Vênus e será a primeira missão espacial privada a outro planeta. A nave robótica está sendo construída pela empresa americana Rocket Lab em cooperação com o Massachusetts Institute of Technology (MIT). O lançamento está programado para ocorrer em janeiro, e a espaçonave está programada para chegar a Vênus em maio.
Espera-se que a NASA lance a missão Interstellar Mapping and Accelerator Probe (IMAP) em setembro. Ele conduzirá estudos científicos em nossa estrela e enviará constantemente informações para prever o clima espacial. A Agência Espacial Europeia e a China vão lançar o projeto Smile para estudar como o vento solar afeta o campo magnético da Terra. Ambas as tarefas são importantes para redes de comunicações e energia.