Num ano em que se tem assistido a muita discussão (como em qualquer área da arte) sobre os efeitos da inteligência artificial (particularmente com a difusão do Suno, um programa que permite a qualquer pessoa compor músicas no estilo e tema que desejar), está em toda a música. Seguindo os caminhos da inteligência natural dos criadores humanos.
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Sim, mais uma vez temos a americana Taylor Swift, como ela própria admite adorável, dominando o mundo – mas 2024 foi o ano de muitas outras grandes estrelas, como Madonna, Billie Eilish, Sabrina Carpenter, Anita, Yvette Sangallo e Ludmila.
Ao longo de 2024, a MPB presenciou a dedicação do transformado cantor Lineker, turnê em que Caetano Veloso e Maria Bethaña uniram o amor de um público jovem e o momento maravilhoso, gravado, a alguns mestres octogenários. Mas também foi um ano em que a música nova também teve desenvolvimentos surpreendentes no Brasil, seja com o crescimento do funk em comparação com a música sertaneja ou com estranhos fenômenos virais.
Um ano de mulheres com superpoderes
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Era esperado que a americana Taylor Swift repetisse seu domínio em 2023 em 2024: com seu álbum deste ano, “The Tortured Poets Oath” e regravações de seus álbuns anteriores, ela continuou sendo a artista mais ouvida globalmente no Spotify. , a maior plataforma de streaming do mundo. A novidade é que dos 10 álbuns mais transmitidos por lá neste ano, os oito primeiros foram de mulheres: 2.024 álbuns de Taylor, Billie Eilish (“Hit me hard and soft”), Sabrina Carpenter (“Short n’ sweet”) e Ariana Grande (“Eternal Sunshine”) e outros de Carol Gee, Sza e da própria Taylor. Este foi, na verdade, um ano repleto de lançamentos de álbuns fortes para Beyoncé (“Cowboy Carter”), Shakira (“Las mujeres ya no lloran”) e Charly XCX (“Brat”).
Foi dada a primeira indicação de que este será o ano das mulheres na lista de indicadas ao Grammy. Nas três categorias principais – disco, música e álbum do ano – o único homem a surgir entre os candidatos foi o cantor Jon Batiste. Na cerimônia de premiação, não apenas Taylor Swift foi coroada, mas também SZA, Victoria Monet, Phoebe Bridgers, Billie Eilish e Miley Cyrus.
Este foi também o ano em que Lady Gaga se reuniu com Bruno Mars na música mais partilhada mundialmente no Spotify (“Die with a Smile”) e em que Chappelle Rowan surgiu como uma nova inspiração pop. O ano em que Madonna se apresentou para 1,6 milhão de pessoas nas areias de Copacabana (foto) e em que Anita levou o funk carioca ao mundo (com seu álbum “Funk Generation”). O ano em que Ivete Sangalo e Ludmila lançaram a música do verão (“Macetando”) e o ano em que Katy Perry lançou seu álbum de retorno (“143”) em show no Rock in Rio – festival que se destacou, por a primeira vez em quase 40 anos de história Com apenas um dia para atrair mulheres.
E como se não bastasse, 2024 foi o ano em que Ana Castilla, no Spotify do Brasil, se tornou a terceira artista mais streamada e Luana Prado teve o terceiro álbum mais tocado – aliás, as cantoras sertanejas foram as estrelas do primeira edição do “Amigas”. Nova transmissão da Globo como parte de sua programação de final de ano.
Dedicação de Lenker
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Turnê europeia em 2025, shows lotados no Brasil em grandes salas e inúmeras homenagens (entre elas, o Prêmio Multishow, sendo o mais notável deles, com estátuas de Artista do Ano, Álbum do Ano, Capa do Ano e MPB do Ano). Foi isso que a cantora Lineker conseguiu em 2024 com seu segundo álbum solo, “Cago”.
Lançado no dia 19 de agosto, em menos de 24 horas, o álbum alcançou seis milhões de streams e colocou quatro músicas no top 200 do Spotify Brasil, e no iTunes, alcançou o primeiro lugar na quinta-feira como o álbum mais comprado da plataforma no Brasil. (e número um décimo primeiro). Um lugar na…Rússia!). Ele tem 29 anos e uma carreira musical iniciada há quase dez anos, o artista transformado chegou ao topo da MPB.
Solar é um álbum caloroso, com muito R&B, samba, house music e participações especiais que vão desde a Briga Priscilla Sena, Pablo Vittar e Lulu Santos até Bayana System, Anavitoria e o pianista de jazz Amaro Freitas, e “Cajo” surpreende pelo sucesso com canções longas, algumas das quais com duração superior a sete minutos.
– Esse álbum nasceu da certeza de que preciso me colocar em primeiro lugar e dizer coisas que às vezes não cabem no meu tempo de indústria, mas que devem caber no meu tempo artístico – disse Lineker ao GLOBO na época de seu lançamento.
Caetano e Bethânia encantam na rodada
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Em agosto, com 81 e 78 anos respectivamente, os irmãos Caetano Veloso e Maria Bethânia estrearam no Rio na primeira turnê conjunta desde 1978, com a qual continuarão sua jornada por arenas de diferentes capitais (e na próxima semana, em Nova York). Réveillon na praia de Copacabana). A dupla, que há gerações faz a trilha sonora do país, encontrou um público jovem que os respeita e que nunca os viu juntos no palco.
Ao longo de duas horas de show, Cayetano e Bethania demonstraram entusiasmo e vontade de agradar grandes públicos, com um repertório que reunia tudo o que se poderia desejar deles, além de algumas (mas boas) surpresas. Com a dinâmica tradicional dos irmãos (Bethania mais teatral e Caetano, em busca de pontuações musicais e poéticas), o espetáculo percorre sucessos como “Alegria, Alegria”, “Os Bárbaros Mais Doces”, “Gente” e “Milagres do povo”. ”, nos versos: “Quem é ateu e viu milagres como eu/sabe que deuses além de Deus não cessam”.
Com cunho religioso, a música “Caetano e Bethânia” não escapou de polêmicas, quando o cantor, para surpresa de parte de seu público, cantou a música “Deus cuida de mim”, do pastor evangélico e astro gospel Kleber Lucas – parte do a igreja evangélica. O público compreendeu as razões de Cayetano para fazer isto e alguns sentiram-se desconfortáveis.
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Prática milenar do funk carioca, inicialmente reavivada por DJs de Belo Horizonte, as montagens (rebatizadas de MTG) foram a maior sensação do ano no streaming brasileiro – no Spotify, por exemplo, ajudaram o funk a se tornar uma das músicas mais ouvidas do ano. No top cinco de 2024 da plataforma está a música “Quem não quer sou eu”, do MTG, produzida pelo DJ Topo a partir de uma música do cantor Seu Jorge com os MCs Leozin (os três na foto) e G15.
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Em maio passado, o americano Kendrick Lamar (foto) e o canadense Drake, estrelas internacionais do hip-hop, se viram no meio de uma troca de graves acusações (exploração sexual de crianças, adultério, transgressões diversas, ocultação de paternidade) por meio de canções de rap: “Eles são não gosta de nós”, “Meeting With the Grahams” (escrita por Kendrick) e “Family Matters” (escrita por Drake). O ano também foi abalado pela prisão do superstar Diddy, por acusações de organização criminosa e tráfico sexual que se espalharam pela música pop, de Jay-Z a Justin Bieber.
Funk enfrenta sertanejo
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Embora os cantores sertanejos Henrique e Giuliano tenham sido os artistas mais transmitidos do Brasil em 2024 no Spotify, a lista de final de ano trouxe novidades: se só existe um nome do funk entre os cinco artistas mais tocados de 2023, é MC Ryan SP (foto), este ano trouxe três: Ryan (em 2º lugar), MCs IG (em 4º lugar) e PH (em 5º lugar). A música mais ouvida de 2024 foi “The Box Medley Funk 2”, dos artistas Box, MC Brinquedo, MC Cebezinho, MC Tuto, MC Laranjinha e DJ Oreia.
O retorno do difícil oásis
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Em agosto, sinais sugeriam que o impossível poderia acontecer: então os irmãos Liam e Noel Gallagher anunciaram que, após 15 anos separados (tempo passado brigando nas redes sociais), voltariam a fazer turnê com o Oasis, um de seus últimos grandes nomes no mundo. de música. Pedra. Tem havido grandes problemas na compra de ingressos, inclusive no Brasil, onde os irmãos se apresentarão nos dias 22 e 23 de novembro, no Estádio do Morumbes, em São Paulo.
Mais de 80 que ditam os rumos da MPB
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O ano foi repleto de lançamentos de grandes nomes da MPB com mais de 80 anos. Aos 82 anos, Milton Nascimento foi homenageado e participou de “Milton + Esperanza”, álbum do repertório jazzístico americano Esperanza Spalding. Aos 86 anos, Martinho da Villa junta-se a jovens como o rapper L7nnon em “Violões e cavaquinhos”. Aos 87 anos, Hermeto Pascual (foto) e seu grupo lançaram um álbum chamado “Pra Você, Ilza”. Aos 88 anos, Alaide Costa fez parte de “E o tempoagora quer fale”, disco que reúne músicas de Nando Reis, Zy Manuel, Emecida e Rubel, entre outros.
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“Só peço a Deus muita saúde e que continue nos abençoando para que possamos comprar a mãe, o leite do menino e o tesouro da mãe”. São versos da música “Só fé”, uma das canções populares do Brasil em 2024, gravada por Grillo da Serista (foto). Ou melhor, de Gabriel Angelo, o compositor mais famoso da música sertaneja. Ele não foi o único desconhecido a surgir com músicas que pareciam memes feitos para música. Thúllio Milionário criou a “Casca de bala”. E este mês é a vez de “Descer pra BC” (no caso, Balneário Camboriú), de Breno e Matheus.