Ucranianos em Portugal queixam-se de violação de dados imigração

Ucranianos em Portugal queixam-se de violação de dados imigração


A Associação dos Ucranianos em Portugal apresentou uma queixa à Comissão Nacional de Proteção de Dados depois de centenas de migrantes de língua russa em Portugal terem procurado informações de contas bancárias.

“Nos últimos dois meses, centenas de ucranianos que vivem em Portugal e têm números de telemóvel de operadoras portuguesas têm recebido chamadas de vários números móveis e fixos em Portugal, onde pessoas com voz feminina ou masculina tentam falar russo. Informações pessoais”, disse a Lusa à denúncia hoje.

Em declarações à Lusa, Pavlo Sadokha, seu presidente associaçãoExplicou que quem ligou sabia o nome do dono do número de telemóvel e “se apresentou como inspetor da polícia judiciária portuguesa”, mas falava em russo.

O pedido de informações incluiu a coleta de dados bancários, o que gerou suspeitas nos associados. “Muitas pessoas já nos contataram para tentar saber quem tem essas informações e sei quem já fez boletim de ocorrência”, explicou o dirigente.

“Uma vez que as vítimas destas chamadas telefónicas não têm nada em comum além da nacionalidade ou origem ucraniana (não são membros do mesmo grupo nas redes sociais), suspeitamos que alguns dados pessoais em massa foram violados ou roubados, indicando números de telemóvel. sobrenomes e provavelmente nacionalidade”, acrescentou a denúncia à comissão.

Pavlo Sadokha explicou que muitas das pessoas visadas pelas chamadas telefónicas não existem na base de dados da associação, indicando que o único elemento comum é que fazem parte de plataformas de redes sociais comuns aos migrantes.

Trata-se de imigrantes ucranianos e alguns russos que se opõem ao regime de Moscovo, mas Pavlo Sadokha disse à Lusa que as conversas nunca se referiram a questões políticas, mas sim a tentativas de acesso a dados bancários.

Segundo Pavlo Sadokha, a associação está a recolher denúncias e os números utilizados para entregá-las às autoridades portuguesas para que o caso seja investigado. “Isso nunca aconteceu, mas suspeitamos de uma tentativa de golpe”, disse ele.



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