Na sexta-feira, as autoridades brasileiras criticaram a posse de Nicolás Maduro para um terceiro mandato como Presidente da Venezuela. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que houve um “insulto” à “vontade do povo venezuelano”, enquanto o ministro Gilmar Méndez, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que o governo do país vizinho não era democrático.
Maduro tomou posse na sexta-feira para o seu terceiro mandato consecutivo, apesar das evidências credíveis de que o seu adversário venceu as últimas eleições e no meio de protestos contra o seu plano de permanecer no poder por mais seis anos.
Em manifestação na rede social
O presidente do Conselho considerou que a tomada de posse de Maduro “insulta a vontade do povo venezuelano e deve ser repudiada através de medidas políticas e económicas, para que as ditaduras não sintam legitimidade”.
Também na rede social, Gilmar Méndez afirmou que as notícias vindas da Venezuela são “preocupantes” e criticou a perseguição aos opositores e a falta de transparência no conflito eleitoral.
O ministro soviético escreveu: “As notícias da Venezuela continuam perturbadoras. Um governo que utiliza o aparato militar para perseguir e prender opositores não é democrático. Eleições livres não podem ser realizadas sem transparência e são caracterizadas pela violência e pela tirania.”
Para o juiz, “é fundamental que haja um compromisso em toda a América do Sul para restaurar e preservar a democracia”. Gilmard acrescentou que cabe a todos os “democratas” repudiar “quaisquer práticas autoritárias que apontem para o legado sombrio dos governos totalitários no século XX”.